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terça-feira, novembro 08, 2005

poitiers de novo

Daqui onde estamos, parece que esses tumultos na França são o resultado do preconceito que "excluiu" os jovens pobres, não? De repente, a França parece estar sendo governada pela Klu Klux Klan e os tocadores de fogo em ônibus estão apenas se "exprimindo". Mas eu prefiro ficar com a análise de um amigo meu que morou muito tempo lá, conhece essa realidade e não é reprimido pela pressão social de parecer bonzinho - esta sim, uma pressão que realmente produz uma geração de excluídos: aqueles que pensam pela própria cabeça. Mas a análise dele, por um mail, está aí abaixo. Nem corrijo a linguagem mailzística, acho que estragaria o estilo:
"aqueles subúrbios têm um monte de conjunto amarelinho (irajá) só q cheio de árabe dentro. em paris tb tem bastante, nas áreas mais pobres. esses caras passam o dia vagabundeando e fazendo merda. tipo cuspir na cara de meninas desacompanhadas no metrô (amiga minha viveu isso), assaltar e agredir covardemente as pessoas (conheço cara q passou por isso) e eventualmente praticar agressão sexual contra mulheres desacompanhadas. são extremamente covardes e agressivos, tipo grupos de 7, 8 marmanjos contra uma ou duas vítimas. tem linha de metrô q as mulheres evitam depois de uma certa hora com medo de passar por esse tipo de perrengue. ou seja, esses narigudos tocam o maior terror por lá, mas ai de quem levantar o dedo contra eles, vão dizer q é perseguição, racismo, intolerância religiosa etc, e isso num país como a frança, sacumé, pega mal pacas. de qq forma, o q eu sempre disse é q essa situação social era um barril de pólvora, q um dia alguém, puto com essa situação, ia dar um tiro na cara de um árabe desses e a favela (no caso deles, os amarelinhos da vida, ou HLM, os BNHs deles) ia vir abaixo."

3 comentários:

Anônimo disse...

só nao podemos esquecer do imperialismo afro-asiático do sec. xviii e xix.

G. disse...

Colonialismo dos europeus na Ásia e África, vc quer dizer, né? Isso tem de ser levado em conta mesmo. Mas engraçado - eu não me sinto tentado a processar o governo da Farnça porque Napoleão devastou o norte da Itália no século XVIII. Nem me sinto tentado a processar a Cúria Romana porque foi uma vigarice de um vigário italiano na Igreja onde meu tataravô era coroinha que o fez imigrar para o Brasil no século XIX. Na verdade, eu não me sinto tentado nem a processar a prefeitura de Vitória porque morei na Vila Rubim e o bairro era uma merda. Que tal a gente seguir em frente com a vida?á

Anônimo disse...

olha só! aqui quem lhe escreve é seu primo, joão, de VV. Foi legal responder desconhecendo-me , sem vinculos familiares. Agradeço sua honestidade mas entendo a rebeldia. Parece-me mais um desabafo que qualquer outra coisa. ìmpeto carioquês.
Não me leve a mal, Gustavo. entenda que estou numa fase de grande assimilação de conhecimento e possível formação ideológica.

.... Não parece, mas entendo QUASE tudo o que escreve. è um blogger precioso.

aguarde mais postagens idiotas de um pirralho. Considerações, Joao.