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domingo, janeiro 07, 2007

isso sim é uma verdade incoveniente

Finalmente um tema que realmente merece uma polêmica - isso se não houver censura politicamente correta nos jornais: Steve Putnam, que no ano passado ganhou um dos mais importantes prêmios dados a cientistas políticos no mundo (não sabia que se premiava esse tipo de atividade), fez uma pesquisa que vai fazer os apologistas da diversidade engolirem em seco - como ele mesmo o fez, demorando cinco anos para divulgar seus dados, porque antes queria tentar descobrir uma solução para o problema apontado no seu estudo.
Professor de Harvard, ex-assessor de Jimmy Cartner, Putnam, quando recebeu o tal prêmio na Suécia - US$ 50 mil - confessou para um colunista do "FinancialTimes", John Lloyd, a verdade incoveniente de seu último trabalho acadêmico - a diversidade não colabora, mas degrada a cooperação entre os membros de uma comunidade. Ele chegou a esta conclusão depois de pesquisar 26.200 pessoas em 40 comunidades americanas. Ajustando os dados de acordo com as diferenças de classe, renda e outros fatores, sobrou o seguinte: quanto mais pessoas de culturas e etnias diferentes vivem na mesma comunidade, maior o aumento da desconfiança, menor a solidariedade com o seu vizinho e com as instituições que representam aquela comunidade - autoridades, jornais, líderes religiosos, e opr aí. Duas coisas aumentam em comunidades deste tipo, segundo Putnam: mais gente vê televisão e há mais marchas de protesto - o que não é algo para se comemorar, a não ser que você seja um ativista em busca de carreira política ou um diretor de programação de TV pensando em como baixar um pouco mais o nível para ganhar mais audiência
Um exemplo empírico desta desagregação, apontada pela pesquisa: Los Angeles, não por coincidência, o cenário do filme "Crash", ganhador do Oscar, que trata justamente da desconfiança entre negros, brancos, chineses, turcos, etc. Não por acaso, antes de a pesquisa ser revelada por Lloyd, ela só havia sido mencionada em 2001 em uma reportagem do "Los Angeles Times" com o título de “Love Thy Neighbor? Not in L.A.”

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Sempre rir

Fundado em 1988, o Edge Foundation promove discussões de assuntos intelectuais, artísticos, sociais e literários, e tem uma revista, que, todo fim de ano, publica um número para quem busca forças para agüentar o ano seguinte. Neste número, vários estudiosos de áreas diferenciadas respondem porque devemos ser otimistas com o futuro, quando tanta notícia tenta aumentar o nosso pessimismo, graças aos avanços científicos. Alguns exemplos de otimismo do último número:
Jerry Adler, editor da Newsweek, acredita que em algum momento do século XXI ele vai entender - assim como nós - a física do século XX - relatividade, física quântica, supercordas, essas coisas.
Linda Stone, ex-vice-presidente da Microsoft e co-fundadora e diretora da Microsoft's Virtual Worlds Group/Social Computing Group, aposta que "as pessoas vão usar efetivamente a tecnologia como meio para uma comunidade global mais saudável"
Irene Pepperberg, psicóloga de Harvard, acredita numa segunda e melhor era iluminista, mesmo e por causa das guerras e genocídios que o mundo enfrenta.
Roger Highfield, editor de Ciência do "The Daily Telegraph", aposta que as pessoas ficarão "imunes ao hype": "com o tempo, o público vai gastar mais tempo apreciando o céu azul da ciência e não a torrente marrom de expectativas paroquiais e egoístas sobre o que a ciência pode fazer por ele. A Ciência não tem de ser útil, a não ser por criar modelos sobre como a natureza funciona. "
Judith Rich Harris, uma investigadora e teórica independente autora de um livro sobre a natureza humana e sua individualidade, aposta na sobrevivência da amizade — "talvez você tenha ouvido previsões sombrias sobre a amizade: está morrendo, as pessoas não têm mais em quem confiar", começa ela em seu artigo. "Mas a amizade não está morrendo: está mudando, adaptando-se às mudanças no mundo (...) talvez seja mais difícil achar um parceiro de boliche, mas é fácil achar algum para um chat."
Outras previsões em http://www.edge.org/q2007/q07_index.html