A National Geographic fez um bocado de estardalhaço com o Evangelho de Judas, pergaminho descoberto nos anos 70 cuja tradução foi bancada pela revista e, em 2006, eles disseram, trazia uma interpretação diferente dos evangelhos que fazem parte do Novo Testamento. Neles, Judas era um cara legal, o mais fiel e mais inteligente dos discípulos de Jesus Cristo. Maneiro. Ótima história. Vai de encontro à nossa vontade de espezinhar e futucar a Igreja Católica por crimes cometidos em séculos passados, por ficar nos lembrando que nossos atos têm consequências. Existe instituição melhor para chutar do que uma que já teve muito poder de coerção e não tem mais algum? Se fizermos charges anti-islâmicas, corremos o risco de ter nossa garganta cortada. Esse risco não existe com Bento XVI, vamos chamá-lo de "reacionário", então.
Pois bem, uma professora de estudos bíblicos chamada April DeConick descobriu que no Evangelho de Judas, Judas é Judas mesmo. Ou seja, ele é o cara mau da história. Erros de tradução fizeram com que quando ele fosse citado como o "décimo-terceiro demônio", saísse "décimo-terceiro espírito". Foram erros que April catou antes mesmo de ler o original do Evangelho em copta - bastou olhar a tradução em inglês para ver que tinha alguma coisa errada. Por que April sacou e a vasta equipe contratada pela revista, muitos dos quais eram amigos dela, e tão bons quanto ela no ofício, não? Bem... como Judas, a revista e os especialistas também foram tentados pelo dinheiro, segundo o artigo da "Chronicle of a Higher Education" (o link a ele está no título)
sábado, maio 24, 2008
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