No início dos anos 70, na ressaca do fim dos Beatles, das mortes de Janis Joplin, Jimi Hendrix e Jim Morrison, Gary Glitter parecia apontar para o futuro do rock: ele teria lamé, muito brilho e um som bastante simples. Glitter encarnou tudo isso em um movimento que foi conhecido como o "Glam Rock", que disputava espaço com outras tendências dos anos 70, como o heavy metal, o rock progressivo, etc. E foi varrido, como todos estes, pelo punk no fim da década. E agora, pode ser condenado à morte no Vietnã por pedofilia.
A história do declínio e queda do responsável pelos sucessos "Rock and Roll (parts 1 and 2)" e "Do You Wanna Touch Me?" é coisa de filme: ele abriu falência nos anos 80, aderiu ao budismo e ao vegetarianismo, quase morreu por uma overdose de pílulas e foi preso três vezes por dirigir bêbado, enquanto sua figura tornava-se cada vez mais quixotesca, com Glitter tentando manter o penteado exuberante, mesmo que com a ajuda de uma peruca. Mas queda começou mesmo quando Glitter (batizado como Paul Gadd: o nome artístico ele escolheu, rejeitando Terry Tinsel, Stanley Sparkle e Vicky Vomit, outras possibilidades), ele mandou seu computador para o conserto: o técnico achou dúzias de fotos pedófilas baixadas da internet. Glitter tirou quatro meses de cadeia por isso, e quando saiu, em 2000, viajou para Cuba e, em seguida, para o Cambodja. Lá, foi expulso em 2002 do país. As autoridades do Cambodja não explicaram direito, mas desconfiou-se de que ele não havia se emendado. E agora, aos 61 anos, Glitter foi detido no Vietnã - onde pedofilia dá pena de morte. As notícias sobre ele podem ser acessadas no site de seu site oficial (sim, existe): http://ourworld.compuserve.com/homepages/vanderlinden/glitter.htm
sexta-feira, novembro 25, 2005
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