Saiu a lista dos finalistas do Turner Prize, o mais prestigiado prêmio para artistas contemporâneos da Grã-Bretanha, do qual o Guardian é um dos patrocinadores, apoiadores, sei lá. Mas mesmo apoiando, patrocinando, o jornal não se furtou a fazer uma análise hilária dos quatro indicados, e da própria linguagem usada no campo das artes plásticas, cotejando o que disseram os curadores da Tate que indicaram estes talentos e o que acharam os críticos de arte do jornal. Depois de apresentar estes novos talentos, é claro
Ficou assim:
Runa Islam - Nascida em Bangladesh, ela agora vive e trabalha em Londres. Ela usa filmes e vídeos e diz ter sido influenciada em seus trabalhos por Ingmar Bergman e Rainer Werner Fassbinder.
Segundo a Tate, "Isla cria filmes coreografados detalhadamente com narrativas em final aberto que são carregadas analítica e emocionalmente".
Segundo o crítico do Guardian, "perto da etiqueta (da obra de arte quando ela foi exposta) havia uma fila perfeita de ganchos de pendurar casacos de latão, fixados em uma tábua pregada na parede, que eu tomei pelo trabalho em si - até ser alertado gentilmente por um curador-estudante para reparar num pequeno sinal de saída, com o quadro de um homem correndo por uma porta. Este era o trabalho"
Mark Leckey. Descrito como um "dândi dos dias modernos", e conhecido por suas exibições combinando escultura, filme e performance, muitos com referências a ícones da cultura poip como os Simpson e Felix o Gato.
A Tate diz: "Com esperteza e originalidade, Leckey continua a descobrir novos gêneros pelos quais comunica seu fascínio pela cultura contemporânea"
Diz o crítico do Guardian: "A coisa toda se torna uma câmera de terapia de aversão, e faz você nunca mais querer um pedaço de bolo Battenburg na sua vida."
Goshka Macuga. Costuma apresentar obras de arte de contemporâneos e outros artistas como parte de suas instalações, e trabalhos em uma variedade de meios.
A Tate diz: "Encenando uma forma de arqueologia cultural, Macuga usa a colaboração de artistas do passado e do presente em um ambiente dramático que sugere novas narrativas e associações"
Diz o crítico do Guardian: "Ela é muito boa em arrumar coisas, porque, essencialmente, é o que ela faz"
Cathy Wilkes. Nascida em Belfast em 1966, vive e trabalha em Glasgow. Seu trabalho é escultural, usando comumente manequinhs de loja
A Tate diz: "Embora rigoroso, altamente carregado com arranjos de objetos banais e materiais, Wilkes desenvolveu um vocabulário articulado e eloquente que toca nas questões da feminilidade e da sexualidade."
Diz o crítico do Guardian: "Ricamente sugestivo, elíptico, e comoventemente brando, o trabalho de Wilkes faz você sentir o tempo, ver o clima, tocar o espaço"
Até que desta última eles aliviaram.
quarta-feira, maio 14, 2008
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